Experiências Missionárias: O Desafio era para mim
Exibindo 1 - 1 De 1 -- Adicionar Experiências Missionárias
| ― Elder, você está acordado?
A voz de meu companheiro parecia estar bem distante, era uma clássica situação daquelas onde o sono substitui a oração, eu já estava ajoelhado há muito tempo, este foi o motivo de meu companheiro achar que eu estava dormindo. O dia anterior tinha sido muito cansativo...uma transferência e uma viagem de 12 horas sem dormir, até chegar na nova área de trabalho, uma cidade no Oeste do Estado. No dia seguinte o cansaço era esperadamente evidente.
Levantei-me da borda da cama e parecia que a casa estava mais iluminada, na janela um rapaz pacientemente esperava que eu acabasse para falar comigo.
― Oi Elder, eu sou o Francisco.
Talvez não devesse achar diferente esta situação, mas um rapaz de procurar os missionários em casa rapidamente deduzi que ele era portador de alguma solicitação;
― Eu não queria atrapalhar o trabalho de vocês, mas eu gostaria de lhes fazer um pedido.
― O que você deseja Francisco, Perguntei.
― Eu gostaria que vocês desafiassem a minha avó para ela se batizar na igreja, ele falou.
Ficamos felizes pois mal havia chegado na cidade e já tínhamos uma pessoa para ensinar, e o melhor em resposta a nossa orações mesmo estando tão cansados.
― Não é um pedido tão simples Elder, ela já foi ensinada, é teimosa, e não quer entender que precisa ser batizada. A princípio achei estranho, mas não estava em condições de dispensar investigadores para ensinar, não é mesmo?
As palavras saíram sem pensar
― Não se preocupe Francisco, nós vamos batizar a sua Avó.
Marcamos a palestra para o próximo sábado á tarde. Francisco abriu um sorriso e se despediu agradecendo-nos, talvez por ter visto nossa decisão tão positiva e cheia de fé.
Olhei para meu companheiro e com olhar surpreso disse-lhe
― Elder, temos 4 dias para nos preparar para este desafio. Decidimos então jejuar na sexta-feira, e com certeza poderíamos ser fortalecidos em espírito para a conversão que com certeza aconteceria na tarde de sábado.
Naquela semana o espírito era muito forte, nos acompanhava e era tão clara sua influência que talvez nem precisássemos jejuar para mantê-lo conosco.
Finalmente o sábado chegou, uma tarde ensolarada e iluminada, até o tempo estava a nosso favor,
ao chegar na casa de Francisco, um casebre sem piso de chão batido, sem ostentar ter bens materiais.
Nossa intenção, com seriedade e vontade de com o auxílio do espírito encher a casa de luz.
Foi exatamente o que aconteceu...
Ela era uma simpática velhinha, sorridente e aparentemente feliz, não nos hostilizou, pelo contrário, fomos bem recebidos, senti que o evangelho em sua vida seria bem vindo.
Deixei a parte inicial da palestra com meu companheiro, sentíamos seria melhor partir da terceira palestra — A primeira visão do profeta Joseph Smith.
Enquanto meu companheiro falava eu permanecia orando. Sentia positivamente que iria fazer o coração dela ser tocado pelo espírito. Por método, sempre deixávamos nossos investigadores ouvirem seus sentimentos, não só eram reais como eficazes, ao sentir os enlaces do espírito. Encobrimos o ambiente com um forte sentimento de amor, e apesar de ser inverno, sentíamos um calor nos envolver alegria.
A descrição do profeta Joseph Smith de sua primeira visão fazia parte da palestra. não havia momento mais propício para oferecer aos nossos investigadores uma imagem daquele evento, em seus olhos víamos visualizarem aquele momento em que um menino falava com o Pai Celeste e seu filho Jesus Cristo.
“Vi uma coluna de luz acima de minha cabeça, mais brilhante que o sol, que gradualmente descia sobre mim. Na luz vi dois personagens cujo esplendor e glória desafiam qualquer descrição, pairando no ar, acima de mim. Um deles falou-me, chamando-me pelo nome, e disse apontando para o outro.
— Este é meu filho amado, Ouve-O!
Olhei para o meu companheiro para pedir-lhe que prestasse seu testemunho, no que vi com surpresa que não seria necessário, pois ele já estava prestando-o com suas lágrimas, olhei para o Jovem Francisco e o mesmo estava acontecendo com ele . Todos na sala choravam sob a influência de um testemunho de fogo; Não havia dúvidas! Estávamos recebendo pelo Espírito de Revelação a confirmação de nossos testemunhos, um terno e eterno presente do Pai Celestial. Embora estivéssemos na missão, e esta situação fosse considerada comum para um missionário, não recebemos este sentimento com leviandade; Era um sentimento sagrado, e como uma dádiva foi recebida e guardada por todos nós para toda a nossa eternidade.
E confirmo este testemunho mais uma vez, de todos, foi o mais forte, o mais contundente, e o que foi recebido com maior sentimento de gratidão e amor. Por amor ao Pai Celeste fui para a missão, por amor ao evangelho ensinei-o, ciente de que ele é sagrado, recebi esta experiência em confirmação a minha Benção Patriarcal; Ele foi mais que um sentimento, foi a voz do Pai Celestial falando ao meu coração ...pois o desafio era para mim.
Testemunho missionário de Antonio Ricardo Mota de Aguiar — Missão Brasil-Curitiba—1982/1984 |
| |
|
|
|
Listar Tudo | Adicionar Experiências Missionárias
|
